Um promotor turco às voltas com um golpe milionário aplicado por uma extinta exchange de criptomoedas do país está propondo sentenças superiores a 40 mil anos de prisão para os suspeitos envolvidos. A corretora de criptoativos, chamada Thodex, fechou suas portas em abril de 2021, alegando que seria apenas por alguns dias, para concluir um processo de “vendas”, mas até hoje não reabriu.
De acordo com informações publicadas pela agência de notícias turca Demiroren na quinta-feira (31), o promotor de Istambul propôs sentenças de até 40.564 anos para cada um dos 21 integrantes do suposto esquema criminoso. O CEO da Thodex, Faruk Fatih Ozer, de 28 anos, que desapareceu há um ano, tem uma difusão vermelha, alerta internacional da Interpol, pedindo sua extradição.
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O que fez a Thodex?
Fonte: Thodex/Reprodução.Fonte: Thodex
Problemas econômicos da Turquia e a volatilidade de sua moeda – a lira – têm contribuído para que muitos investidores do país, sobretudo os mais jovens, busquem em ativos criptográficos, e também no dólar americano, uma proteção confiável para o seu dinheiro. Com isso, a Thodex realizou operações que muitos estimaram, na época de seu fechamento, em bilhões de dólares, mas que a acusação avaliou em algo próximo aos US$ 24 milhões (R$ 11 milhões).
No entanto, no mesmo mês em que a Thodex fechou, Ozer foi visto embarcando em um voo em Istambul com destino à Albânia, afirmando aos jornalistas que iria se encontrar com investidores do exterior. Ainda no ano passado, ele prometeu retornar à Turquia para cooperar com as autoridades, mas, com uma sentença de 40 mil anos sobre a cabeça, é provável que isso não ocorra tão cedo.
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