Criminosos roubaram nos últimos dias o equivalente a US$ 625 milhões (cerca de R$ 2,9 bilhões em conversão direta de moeda) de uma blockchain chamada Ronin. Ela não é conhecida pelo nome, mas sim por ser a responsável pelo registro de transações de Axie Infinity, um dos mais populares jogos no formato pay-to-earn e que utiliza essa tecnologia para funcionar.
Utilizando chaves privadas forjadas e explorando uma vulnerabilidade dos nós de validação de operações da blockchain, os responsáveis pelo crime conseguiram realizar saques falsos em um esquema que começou na semana passada, mas foi descoberto com atraso e revelado apenas na terça-feira (29). Ao todo, o roubo envolveu 173 mil criptomoedas Ethereum (mais ou menos US$ 590) e mais US$ 25,5 milhões em outra stablecoin relacionda, a USDC.
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Lançada em fevereiro de 2021, a Ronin permite algumas transações de graça aos usuários, sem exigir a chamada "gas fee" — uma espécie de taxa de combustível necessária para lidar com a blockchain e validar a transação feita em Ethereum.
Depois do crime
A Sky Mavis, que é a desenvolvedora de Axie Infinity, alega que está buscando soluções para devolver a plataforma à normalidade, reforçando que o game continua seguro e que fundos não devem ser perdidos.
Como a maior parte do valor permanece na carteira virtual do principal responsável pelo roubo, ela acredita que conseguirá obter o dinheiro de volta. Em agosto de 2021, um roubo de valores parecidos na plataforma Poly Network resultou no hacker responsável devolvendo o dinheiro que foi subtraído.
Para tentar reduzir a chance de mais danos, as transações na exchange descentralizada Katana foram paralisadas, assim como a utilização da Ronin. Autoridades já foram acionadas para investigar o caso, assim como corretoras de criptomoedas que podem ajudar a rastrear as transações vindas do roubo.
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