Atletas olímpicos que irão competir nos Jogos de Inverno de Pequim estão sendo orientados pelos seus respectivos comitês a não levarem dispositivos eletrônicos próprios (como smartphones, laptops, smartwatches e tablets) para o país. A instrução remete à crescente preocupação com a segurança cibernética na China por parte dos países ocidentais, principalmente. O tema está sendo debatido em vários Comitês Olímpicos Nacionais (CONs) das confederações que participarão do evento.
Como apurado pela agência de notícias Reuters, muitos CONs indicam que seus atletas aluguem dispositivos temporários ou descartáveis, uma prática comum para celulares. Outras entidades declararam que ficarão encarregadas de fornecer aos competidores e funcionários os aparelhos provisórios. De qualquer forma, a premissa é de não levar nenhum eletrônico próprio a Pequim para evitar uma possível vulnerabilidade e exposição de dados.
Em comunicado, o Comitê Olímpico e Paraolímpico dos Estados Unidos (USOPC) declarou que é necessário presumir que textos, e-mails e acessos a apps poderão ser monitorados. O USOPC também fala que não há "expectativa de segurança ou privacidade de dados" na China enquanto a Olimpíada de Inverno estiver acontecendo. Já o Comitê Olímpico Canadense vai mais longe e sugere que o evento é uma "oportunidade única para o crime cibernético".
Outros comitês que dividem da mesma precaução são os suíço, sueco e britânico. As entidades estão, inclusive, dando conselhos práticos sobre cibersegurança e informando seus atletas sobre as condições de privacidade de dados na China. Uma das orientações do USOPC, por exemplo, é de limpar dados pessoais e instalar VPNs (redes privadas virtuais) nos dispositivos pessoais, caso alguém decida levá-los para os jogos.
As Olimpíadas de Inverno em Pequim acontecem de 4 a 20 de fevereiro de 2022.
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