Uma investigação realizada pela NordVPN, fornecedora de serviços de Virtual Private Network, descobriu que dados de cartões de crédito e débito de 227 mil brasileiros estão à venda na dark web, por cerca de US$ 6,54 — cerca de R$ 36 em conversão direta. São 4 milhões de cartões de créditos disponíveis de mais de 140 países diferentes.
Do total, metade pertence a usuários dos Estados Unidos e Austrália, com 1,5 milhão de cartões e 400 mil de cada país, respectivamente. A Mastercard aparece como a bandeira de cartões mais afetada, seguida pela Visa, com 80 mil, e Elo, com mais de 6 mil. De brasileiros, a divisão é de mais de 212 mil cartões de crédito e 11 mil de débito, segundo a publicação.
Informações da investigação demonstram que as informações foram roubadas de um banco de dados e obtidas por “força bruta” — prática onde um computador testa milhares de combinações de números até acertar. A NordVPN, no entanto, disse em seu relatório que hackers inteligentes conseguem reduzir a quantidade de números para adivinhar, podendo realizar um ataque em apenas 6 segundos.
Mastercard foi a bandeira mais afetada (Fonte: PxHere/Reprodução)Fonte: PxHere
Segundo Daniel Barbosa, Security Researcher da Eset Brasil, é frequente a exposição de dados pessoais através de banco de dados. Dessa forma, é essencial adotar estratégias de proteção, como evitar realizar cadastros em sites não confiáveis e deixar apenas os cartões de crédito temporários em sites de compra, por exemplo.
Outra maneira de se prevenir, é acompanhar o extrato dos cartões e criar alertas ao realizar compras e pagamentos com ele. Perante uma movimentação suspeita, avise imediatamente ao banco sobre uma possível fraude. É de responsabilidade também dos bancos investir em infraestrutura de segurança, evitando os ataques.
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