A empresa de segurança NSO, responsável pela plataforma de proteção e espionagem Pegasus, está avaliando opções que podem definir o futuro da companhia. A informação é da Bloomberg, que ouviu fontes ligadas ao assunto.
Várias conversas estariam em andamento e as alternativas consideradas incluem fechar as portas em definitivo ou realizar a venda da empresa israelenses para dois grupos de investimento dos Estados Unidos, que injetariam até US$ 200 milhões para reformular os negócios. Além disso, o Pegasus teria a venda encerrada e seria posteriormente relançado, porém apenas como um software de defesa contra ciberataques.
O objetivo seria tentar limpar o nome da NSO e recomeçar no mercado — inicialmente, a empresa se defendeu das recentes acusações e até colocou a culpa nos próprios clientes, que seriam os únicos responsáveis por fazer um uso ilegal do serviço contratado. Procuradas pela reportagem original, as partes envolvidas não responderam ou declararam que não fariam comentários.
O poder do Pegasus
O Pegasus é um spyware normalmente utilizado como mecanismo de defesa, mas diversos governos teriam contratado o serviço para espionar inimigos políticos, empresários, ativistas e jornalistas.
A plataforma é capaz de garantir acesso a celulares mesmo muito bem protegidos, interceptando mensagens de texto, fotos, GPS e ativar câmera e microfone sem precisar de autorização. No Brasil, a Lava Jato teria cogitado usar o software em uma investigação.
Assim como muitos outros especialistas preocupados, o ex-operador da CIA e responsável por denúncias de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA), Edward Snowden, pediu a proibição global do serviço. Atualmente, o Pegasus está em uma 'lista de restrição' dos Estados Unidos e teve as vendas suspensas.
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