Nesta semana, a cidade de Lisboa, em Portugal, sedia o Web Summit, evento que reúne as principais empresas e especialistas da indústria de tecnologia. Durante a ocasião, o chefe da Engenharia de Software da Apple, Craig Federighi, palestrou sobre os recursos de segurança do iOS e explicou as ameaças da instalação de aplicativos por meios alternativos à App Store — uma prática também conhecida como sideloading, no termo em inglês.
Contextualizando, Federighi falou sobre o Ato dos Mercados Digitais da União Europeia, que busca promover uma competição mais justa entre empresas e a maior liberdade de escolha aos usuários. Ele afirma que, embora concorde com esses dois objetivos, discorda da norma que exige a implementação do sideloading no iPhone.
Segundo o executivo, a medida iria contra seu próprio objetivo-chave, já que impediria que todos os usuários desfrutem de um sistema operacional mais seguro, em nome da liberdade de escolha. Elaborando seu argumento, Federighi direcionou o foco da palestra para essa questão e relembrou a última pesquisa sobre o tema, elaborada pela Apple, ainda no último mês de outubro — chamada "Construindo um Ecossistema Confiável para Milhões de Aplicativos", em tradução livre para o português.
Craig Federighi, representante da Apple no Web Summit. (Fonte: Apple Insider, Web Summit / Reprodução)Fonte: Apple Insider, Web Summit
Tomando como exemplo uma série de malwares e outros problemas similares que afetam as plataformas concorrentes, como o Android, Federighi afirmou que o uso do sideloading acaba sendo um recurso-chave em comum, eventualmente utilizado no processo de infecção dos dispositivos.
Federighi explica, assertivamente: "Os alvos e estratégias dos cibercriminosos variam, mas aqui está uma coisa que não poderia ser mais clara: o sideloading é o melhor amigo do cibercriminoso". Ele também pontua que "exigir isso no iPhone seria uma corrida do ouro para a indústria de malware".
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