A Meta, holding que agora controla o Facebook, anunciou nesta terça-feira (2) que desativará o sistema de reconhecimento facial da rede social. A mudança será feita nas próximas semanas, segundo o anúncio, e "representará uma das maiores mudanças no uso do reconhecimento facial na história da tecnologia".
De acordo com a empresa, mais de um terço dos usuários ativos diários do Facebook utilizam a configuração de reconhecimento facial. A empresa diz que "a remoção do sistema resultará na exclusão de mais de um bilhão de modelos individuais" da tecnologia. A partir disso, os algoritmos de reconhecimento de pessoas em fotos e vídeos, além da ferramenta de identificação tradicional, serão desligados.
Em outro exemplo, a empresa explica que a tecnologia também é utilizada para o reconhecimento de texto alternativo automático, que gera descrições de imagens quando amigos de um usuário estão nela. O mesmo também é utilizado para avisar os usuários quando eles aparecem em fotos publicadas, além das recomendações de marcação.
Sistema precisa ser avaliado
"Olhando para o futuro, ainda vemos a tecnologia de reconhecimento facial como uma ferramenta poderosa para pessoas que precisam verificar a sua identidade ou para evitar fraudes e falsidade ideológica, por exemplo", diz o comunicado da Meta.
A companhia, entretanto, reconhece que o reconhecimento facial precisa ser avaliado "em relação às crescentes preocupações sobre o uso dessa tecnologia como um todo". O Facebook já enfrentou problemas do tipo e, recentemente, tem sido acusado de garantir seu lucro em detrimento da saúde mental de seus usuários, o que a companhia já negou publicamente.
Com a mudança, as pessoas não serão mais reconhecidas em fotos, vídeos ou memórias; o reconhecimento facial não será mais utilizado para marcações ou sugestões de marcação; o Texto Alternativo Automático (AAT, em inglês) também será desativado.
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