A Casa Branca planeja reunir autoridades de 30 países ainda no mês de outubro para tratar de um plano para combater a crescente ameaça de ransomware e outros crimes cibernéticos, anunciou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na última sexta-feira (1).
Em comunicado, o líder da maior potência mundial também anunciou uma sessão online a ser realizada pelo Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca para tratar de outras questões, como melhorar a colaboração policial em questões como “o uso ilício de criptomoeda”.
Em junho, a multinacional JBS pagou US$ 11 milhões em Bitcoin a um grupo criminoso com supostas ligações com a Rússia para suspender um ataque que interrompeu a produção de alimentos. Um mês antes, a Colonial Pipeline pagou US$ 5 milhões, também em moeda digital, para recuperar acesso ao sistema de oleodutos, depois de um ataque originado supostamente da Europa Oriental.
Combate aos ataques de ransomware
Biden assinou ordem executiva para melhorar cibersegurança do governo dos EUA. (Fonte: Casa Branca/Divulgação)Fonte: Casa Branca/Divulgação
Biden disse que “ataques de ransomware interromperam hospitais, escolas, departamentos de polícia, oleodutos de combustível, fornecedores de alimentos e pequenas empresas”. Os crimes atrasaram serviços essenciais e colocaram em risco a vida dos americanos, segundo o presidente.
No início de 2021, o chefe de estado assinou uma ordem executiva com o objetivo de modernizar e melhorar a cibersegurança em órgãos do governo, incluindo áreas como software, compartilhamento de informações e modernização da rede federal.
Entretanto, a maior parte da infraestrutura crítica dos EUA, desde linhas de transporte a fornecedores de energia, é operada pelo setor privado. Por isso, as autoridades tentam sensibilizar líderes corporativos, de organizações sem fins lucrativos e educacionais para elevar a proteção de setores vitais e da infraestrutura do país.
O governo dos EUA também reforçou uma pressão diplomática para tratar o assunto com a Rússia, países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), além das nações ricas do G7. Os americanos se concentram ainda em bloquear o que chamam de “atividade cibernética maliciosa” da China.
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