O número de ciberataques no Brasil contra empresas e pessoas aumentou 23% nos oito primeiros meses de 2021, em comparação com o mesmo período do ano passado. É o que aponta um levantamento feito pela empresa de segurança na internet Kaspersky, divulgado nesta quarta-feira (1º).
Incluídos no relatório anual “Panorama de Ameaças 2021” da companhia, os dados levam em conta os 20 malwares mais populares do momento, que totalizaram 481 milhões de tentativas de infecção, uma média de 1.395 bloqueios por minuto. A mesma tendência de crescimento foi verificada em praticamente toda a América Latina.
Uma das causas do aumento é a pirataria. “Quando analisamos os bloqueios realizados por nossas tecnologias, identificamos famílias de malware que nos permitem dizer que os internautas latino-americanos procuram as ameaças, pois são disseminadas por meio da pirataria de programas”, explicou o diretor da firma russa Dmitry Bestzhev.
Cibercriminosos estão aproveitando o aumento do home office para novos ataques.Fonte: StockSnap/Reprodução
Ainda segundo o especialista, golpes usando PDF e trojans web que roubam dados de cartão de crédito sem infectar o dispositivo da vítima, presentes nos sistemas de lojas online e bancos, foram outros destaques. Curiosamente, os ataques de phishing, baseados em mensagens fraudulentas, estão diminuindo.
Home office e outros problemas
Os ataques direcionados aos dispositivos móveis também estão entre as ameaças mais comuns, conforme o levantamento. Neste caso, Bestzhev ressalta que os adwares, os apps que possibilitam obter controle total sobre o celular e os programas de espionagem são os de maior perigo atualmente.
A fragilidade da segurança no trabalho remoto é outro ponto citado pelo diretor. Ele explicou que as empresas não souberam realizar a migração para o home office da forma correta, expondo colaboradores e as organizações às ações dos cibercriminosos.
Por fim, o Panorama destaca os sistemas industriais obsoletos, que propiciam o aumento dos ataques de ransomware, e a mineração maliciosa como a principal ameaça contra os servidores Linux.
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