A Polícia Federal (PF) realizou nesta terça-feira (24) uma operação contra a organização criminosa suspeita de ter promovido ataque cibernético ao site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A campanha maliciosa ocorreu em junho deste ano e não causou maiores prejuízos ao sistema online, de acordo com a instituição.
Os policiais cumpriram dois mandados de prisão temporária e um de prisão preventiva, além de cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo (SP) e Araçatuba (SP). Autorizada pela 10ª Vara Federal de Brasília, a investigação foi iniciada a pedido do presidente do TSE Luís Roberto Barroso.
Segundo a PF, foram apreendidos R$ 22,5 mil em espécie com um dos suspeitos, junto com uma arma de fogo ilegal, documentos e uma mídia eletrônica de interesse da apuração. Os investigados poderão responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático e associação criminosa.
O ataque realizado em junho não afetou a segurança do sistema eleitoral do Brasil.Fonte: TSE/Divulgação
A invasão ao site do TSE aconteceu no dia 1º de junho, conforme as autoridades policiais, tendo sido imediatamente detectada pelo Tribunal. A Corte afirmou não ter identificado quaisquer elementos de que o ataque online promovido pelos cibercriminosos tenha prejudicado a segurança do sistema eleitoral.
Mudanças no visual da página inicial
Conforme o inquérito, os responsáveis por essa campanha conseguiram apenas modificar a aparência da página inicial do site do Tribunal. Esse tipo de ação, também conhecida como defacement (ou deface), é menos sofisticada do que os ataques para roubar ou criptografar os dados, que geralmente resultam em pedidos de resgate em criptomoedas.
Por conta do formato da ação do grupo, a PF batizou a operação de Script Kiddie, termo atribuído aos cibercriminosos menos experientes. Geralmente, eles buscam explorar vulnerabilidades mais fáceis de identificar, aproveitando ferramentas já existentes e desenvolvidas por alguém mais experiente, encontradas na internet.
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