Nesta sexta-feira (20), o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor — Procon-SP — solicitou à Lojas Renner, por meio de notificação, explicações a respeito do ciberataque sofrido pela companhia na última quinta-feira (19). A rede varejista confirmou que foi afetada por um ataque de ransomware.
Informações sobre quais bancos de dados foram atingidos, nível de exposição, período de indisponibilidade do site da empresa e se houve vazamento de dados pessoais de clientes são algumas das exigências da entidade. O órgão também solicitou detalhes relacionados ao plano de proteção e recuperação executado até o momento, bem como a data prevista para a solução definitiva do problema.
Além disso, faz parte do pedido o fornecimento de detalhes quanto a canais de atendimento disponibilizados a consumidores durante a ocorrência; comunicações encaminhadas para esclarecimentos dos fatos; processo de criptografia utilizado no gerenciamento de dados; e presença de um Encarregado de Dados na organização — conforme previsto na LGPD.
“O Procon-SP também quer que a empresa comprove a forma de acesso do público consumidor ao sítio eletrônico alvo do ataque cibernético, informando quais os dados necessários à realização do cadastro e transações e se a conexão é condicionada à utilização de login e senha pessoais e intransferíveis”, complementa o órgão — que estipulou quarta-feira (25) como data-limite de entrega.
Sistemas da rede ficaram instáveis devido a ataque.Fonte: Renner/Reprodução
Repercussão do caso
Em entrevista ao Estadão, Marco DeMello, presidente da PSafe, afirmou que o incidente criou pânico, e o executivo contou que recebeu ligações de empresários com medo de se tornarem as próximas vítimas. “Mas eu pergunto: por que o pânico só agora? A ficha tinha que ter caído há muito tempo”, defende Marco.
Já Marcelo Pimentel, CEO da Marisa, em live do InfoMoney também na sexta-feira, dedicou todo seu apoio à concorrente. “Eu quero expressar aqui toda a minha repulsa ao que aconteceu com a Renner e dizer que isso não é uma fragilidade deles, é um problema dos criminosos. Todas as empresas estão vulneráveis.”
Segundo o Jornal Estado de Minas, a Lojas Renner declarou, em nota na noite de ontem, que não tinha conhecimento a respeito de qualquer notificação formal do Procon-SP direcionada a ela até então.
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