Uma lista de observação secreta de suspeitos de terrorismo mantida pelo Centro de Triagem Terrorista (TSC) do FBI foi exposta online após um erro de configuração e não foi corrigida por várias semanas após ser relatada, de acordo com o chefe de segurança da Compartech, Bob Diachenko.
No dia 19 de julho, Diachenko encontrou um arquivo com 1,9 milhões de registros que incluía informações como nome, data de nascimento e número do passaporte das pessoas listadas no banco de dados. Alguns estavam classificados como de exclusão aérea. A lista estava no mecanismo de busca Elasticsearch e não estava protegida por senha.
No mesmo dia da descoberta, o pesquisador relatou o vazamento de dados ao Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS). No entanto, o servidor exposto foi retirado apenas três semanas depois, em 9 de agosto. "Não está claro por que demorou tanto e não sei ao certo se alguma parte não autorizada o acessou", escreve Diachenko em seu relatório.
Lista secreta de terroristas
A lista de suspeito de terrorismo do FBI inclui pessoas que não foram acusadas formalmente. (FBI/Reprodução)Fonte: FBI/Reprodução
Embora o pesquisador de segurança não tenha verificado todo o banco de dados, Diachenko sugeriu que o arquivo pode conter toda a lista do TSC. Essas bases de dados são de natureza altamente sensível, considerando o papel vital que desempenham no auxílio à segurança nacional e às tarefas de aplicação da lei.
O documento secreto é compartilhado apenas com poucas agências, como o Departamento de Estado, Departamento de Defesa, Autoridade de Segurança de Transporte (TSA) e Alfândega e Proteção de Fronteira (CBP). As informações são utilizadas para verificar se um passageiro tem permissão para voar, pode ser admitido nos EUA ou avaliar seu risco para várias outras atividades.
Vale notar, inclusive, que nem todas as pessoas na lista são necessariamente terroristas. Segundo explica o especialista, alguns nomes da relação são apenas suspeitos e ainda não foram acusados formalmente de qualquer crime. “Em mãos erradas, essa relação pode ser usada para oprimir, assediar ou perseguir pessoas da lista e suas famílias”, argumentou Diachenko.
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