O Google demitiu dezenas de funcionários no período de 2018 a 2020 por violação de dados de usuários e até por espionagem de outros colaboradores da empresa, de acordo com documento interno vazado pela coluna Motherboard, do site Vice.
O relatório mostra investigações sobre como os funcionários do gigante das buscas usaram seu acesso para roubar, vazar ou manusear indevidamente dados confidenciais. Segundo o documento, o Google demitiu 36 funcionários em 2020 por questões relacionadas à segurança.
Mais de 80% dos casos estavam relacionados ao uso incorreto de detalhes confidenciais, como a transferência de informações apenas internas para terceiros. A empresa demitiu, ainda, 26 pessoas em 2019 e 18 em 2018 por causa de incidentes de segurança, segundo fonte que forneceu o documento do Google ao Motherboard.
Medidas preventivas
(Fonte: Pixabay/Firmbee/Reprodução)Fonte: Pixabay/Firmbee/Reprodução
O documento também mostra outras medidas que o Google pode tomar com os funcionários que manipularam dados incorretamente, como avisos, treinamento e orientação.
Em comunicado, a companhia afirma que “os casos mencionados estão relacionados principalmente ao acesso impróprio ou ao uso indevido de informações confidenciais ou proprietárias da empresa".
O Google ressaltou que “o número de violações, deliberadas ou inadvertidas, é consistentemente baixo”. A empresa afirma restringir de forma rígida o acesso aos dados de usuários pelos funcionários, com medidas como exigência de justificativa para consulta às informações e monitoramento de anomalias.
Prática comum
Outras redes sociais também demitiram funcionários por violação de dados dos usuários. (Fonte: Pixabay/Alexander Bahena/Reprodução)Fonte: Pixabay/Alexander Bahena/Reprodução
O abuso de dados é um problema enfrentado por todas as companhias de tecnologia. Outros casos divulgados anteriormente envolviam empresas como Facebook, que teve funcionários usando o acesso privilegiado a informações para perseguir ou espionar usuários.
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