O aplicativo Zoom concordou em pagar US$ 86 milhões em um acordo preliminar realizado neste sábado (31) para encerrar um processo coletivo por supostamente ter violado a privacidade de dados em sua plataforma.
A ação acusa a empresa de videoconferências de ter permitido o compartilhamento de dados pessoais de seus usuários com Facebook, Google e LinkedIn, além de ter informado, de forma errônea, que oferece criptografia de ponta a ponta em seus serviços. A companhia é acusada ainda de falhar em evitar a invasão de hackers em chamadas, conhecida como “Zoombombing”.
A companhia nega qualquer irregularidade, mas se comprometeu a dar treinamento especializado em manuseio de dados e privacidade para a sua equipe. O Zoom concordou também em realizar "grandes mudanças em suas práticas, destinadas a melhorar a segurança das reuniões, reforçar as divulgações de privacidade e proteger os dados do consumidor", segundo os documentos do acordo.
Ação coletiva contra o Zoom
Assinantes do Zoom poderão receber reembolso de até US$ 25 caso acordo seja aprovado por juíza. (Fonte: Unsplash/ Chris Montgomery/Reprodução)Fonte: Unsplash/ Chris Montgomery/Reprodução
A ação coletiva foi movida em março de 2020 em nome de todos os usuários pagos ou gratuitos do Zoom Meetings nos Estados Unidos. Os advogados do demandante calculam que a empresa tenha uma receita de US$ 1,3 bilhão com os assinantes do serviço.
Caso o acordo seja aprovado, os usuários pagos incluídos na ação coletiva terão direito a 15% de reembolso de suas assinaturas ou US$ 25, o que for maior. Os outros assinantes que não participam da ação podem receber até US$ 15. Os advogados também solicitaram, no processo, US$ 21,3 milhões em honorários advocatícios.
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