O malware XLoader, conhecido por infectar o Windows, agora também colocou os usuários do macOS como potenciais vítimas. O alerta foi dado nesta quarta-feira (21) pela empresa especializada em segurança cibernética Check Point Research (CPR).
Derivado do Formbook, que afetou 4% das máquinas equipadas com o sistema da Microsoft em 2020, segundo a companhia, ele passou por algumas alterações. Nos dispositivos da Apple, o vírus possui a capacidade de registrar informações de login e teclas digitadas, coletar capturas de tela e executar outros programas maliciosos.
Rastreando as atividades do XLoader nos últimos seis meses, a CPR encontrou máquinas infectadas em 69 países, sendo a maioria das vítimas (53%) residente nos Estados Unidos. Ele também aparece como a quarta família de malware mais prevalente no mundo nos últimos 12 meses, conforme relatório do AnyRun Malware Trends Tracker.
Dispositivos da Apple estão cada vez mais no radar dos cibercriminosos.Fonte: Unsplash
Surgido como um keylogger (software para registrar as teclas pressionadas), o programa malicioso está atualmente à venda na dark web, conforme a CPR. Pagando US$ 49, o equivalente a R$ 256 pela cotação do dia, qualquer pessoa pode ter acesso aos recursos e usá-los para roubar dados de terceiros.
Cuidado com os anexos de e-mails
Em geral, o XLoader chega às vítimas escondido em anexos de e-mails, disfarçado de documentos do Microsoft Office. Com isso, a melhor forma de minimizar os riscos de infecção é não abrir arquivos enviados por remetentes desconhecidos.
O acesso a sites suspeitos também deve ser evitado, como afirma o chefe de pesquisa cibernética da Check Point Software Yaniv Balmas. Ele ressalta ainda que os proprietários de Macs precisam mudar o comportamento em relação aos cuidados com a segurança online.
“A verdade é que o malware para macOS está se tornando cada vez maior e mais perigoso. Nossas descobertas recentes são um exemplo perfeito e confirmam essa tendência crescente”, disse o especialista.