Celulares vendidos pelo FBI a criminosos em uma operação internacional que culminou na prisão de centenas de pessoas possuíam não apenas um app de rastreamento, mas também um sistema operacional baseado em Android customizado para vigilância, revelou o Motherboard. O veículo conseguiu acesso a um dos aparelhos Anom, que, na verdade, eram dispositivos Pixel 4a modificados.
De acordo com o site, nos exemplares não se encontra loja de aplicativos alguma e nem é possível aplicar ajustes de localização. Além disso, destaca, atualizá-los com firmwares de terceiros para torná-los mais próximos de smartphones convencionais está fora de cogitação, uma vez que o bootloader permanece bloqueado mesmo que indique alguma implementação.
Há quem diga que o SO foi baseado em GrapheneOS, mas, de acordo com a análise, essa pode ter sido uma jogada dos agentes para fornecer uma falsa sensação de segurança – impulsionada por funcionalidades que, a princípio, pareceriam ideais a públicos mal-intencionados.
Dispositivos continham Android modificado.Fonte: Reprodução/Motherboard
Diferenciais e adaptação
Dentre os recursos atraentes estariam um app de bate-papo oculto, disponível por meio de uma aparente calculadora na qual se deveria inserir um código PIN, e uma solução para formatar o celular através da tela de bloqueio. O segundo teria sido alvo de críticas do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, que acusou desenvolvedores da plataforma de obstrução de aplicação da lei.
Uma última sugestão de que o FBI alterou suas táticas de investigação no desenrolar da ação é que ao menos um comprador de um Anom recebeu um Pixel 3a. Logo, a entidade apostou em diferentes smartphones para ampliar o leque de grampeamentos e vigiou, diretamente do sistema operacional, mais de 12 mil equipamentos supostamente imunes a interceptações.
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