Nas últimas semanas, uma nova onda de crimes tem tomado conta da cidade de São Paulo. Trata-se de uma quadrilha que rouba celulares com o intuito de acessar aplicativos de bancos instalados no aparelho e limpar a conta bancária da vítima.
Segundo o delegado Roberto Monteiro, as fraudes começaram a ganhar força no início da pandemia. Ele afirma que, com o cenário cada vez mais online, os bandidos perceberam a quantidade de informações valiosas existentes no celular.
"Agora, eles compram smartphones com sistemas de senhas mais fáceis de quebrar. Geralmente são os Android ou celulares que já estão abertos — em casos em que a pessoa está usando o Waze na rua, por exemplo. A quebra do iOS é mais difícil, mas eles conseguem", afirma Monteiro.
Carro apreendido junto com quadrilha suspeita de furtar celulares para limpar contas bancárias das vítimas (Divulgação/Deic)
Mesmo que ainda não existam estatísticas oficiais, o Procon já está trabalhando em ações para cobrar as empresas envolvidas no setor para trabalharem em mais medidas de segurança dos usuários. "Já tomamos conhecimento de uma quadrilha de receptadores de celulares cujo principal negócio ilícito não é a revenda dos aparelhos, mas a defraudação das senhas bancárias", diz o diretor-executivo do Procon, Fernando Capez, para a Folha de São Paulo. Segundo ele, os crimes são realizados por meio de um "exército de hackers".
A maioria das transferências realizadas pelos criminosos são feitas durante a madrugada, para não levantar suspeita da vítima. Monteiro ressalta que sejam feitos boletins de ocorrência por parte das vítimas, para que a polícia tenha mais conhecimento sobre os criminosos.
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