Cibercriminosos lucraram mais de US$ 2 milhões (cerca de R$ 10,6 milhões, na conversão do dia) durante os últimos seis meses ao se passarem pelo magnata Elon Musk. A informação foi divulgada na segunda-feira (17) pela Federal Trade Commission (FTC, na sigla em inglês), agência governamental dos Estados Unidos.
Esse tipo de fraude consiste, sobretudo, em publicações nas redes sociais que solicitam um depósito em criptomoedas, sob a promessa de retornos lucrativos — usando nomes famosos como isca. Caso não se recorde, essa prática tomou as manchetes no final de 2020, quando personalidades como Kim Kardashian, Bill Gates, Joe Biden e o próprio Elon Musk tiveram seus perfis do Twitter roubados para realização da fraude.
Na ocasião, inúmeros seguidores foram enganados e perderam dinheiro. No caso do CEO da Tesla, os criminosos passaram a criar contas falsas muito similares devido à dificuldade de roubarem o perfil oficial.
Número de fraudes cresceu em 2021
Infelizmente, o número de vítimas segue crescendo desde o último ano. Além de usarem a imagem de famosos, os golpistas também se passam por autoridades governamentais ou parceiros românticos em potencial. Os mais afetados, de acordo com a FTC, são usuários na faixa etária dos 20 aos 49 anos.
Segundo os dados divulgados pela agência, as perdas ultrapassam mais de US$ 80 milhões, com um valor médio por pessoa de US$ 1,9 mil (cerca de R$ 10 mil em conversão direta) — o que representa um crescimento de dez vezes anualmente. "Promessas de grandes retornos garantidos ou alegações de que sua criptomoeda será multiplicada são sempre fraudes", alertou a agência governamental no relatório.
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