Uma agência reguladora alemã anunciou que impedirá a implementação das novas políticas de privacidade do WhatsApp, que visam o compartilhamento de informações dos usuários com o Facebook. Segundo o veículo de notícias Bloomberg, o bloqueio valerá até que a agência conclua as investigações sobre o mensageiro, que têm o objetivo de evitar uma possível “exploração abusiva dos dados”.
Embora o WhatsApp tenha afirmado reiteradas vezes que a mudança não será nociva aos usuários, inúmeros reguladores e especialistas ao redor do mundo desconfiam das intenções da empresa. Em uma matéria anterior, nós do TecMundo noticiamos que a Índia acionou a empresa judicialmente para impedir a obrigatoriedade dos novos termos no país. No Brasil, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e o Procon-SP notificaram a plataforma em busca de mais detalhes.
Controle sobre os dados
Nos últimos tempo, muito tem se falado sobre a importância do controle sobre os próprios dados — que são considerados por alguns a nova "moeda" da modernidade. A nova política de privacidade do WhatsApp, que deve ser implementada a partir de 15 de maio, vai no sentido contrário a essa tendência, uma vez torna a aceitação obrigatória.
Em outras palavras, se o usuário não concordar com a mudança, ele sofrerá inúmeras limitações no app, que podem tornar o uso um tanto quanto difícil. De modo geral, a empresa indica que as regras visam fortalecer o uso comercial do mensageiro, permitindo experiências como suporte ao cliente e outros recursos que já vemos no Apple Business Chat.
E, apesar de admitir que esse processo inclui o compartilhamento de dados com o Facebook, o WhatsApp assumiu uma postura mais didática, explicando que as mensagens pessoais seguem criptografadas e protegidas.
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