Mais um browser se junta à lista de críticos do novo padrão de controle alternativo aos cookies anunciado para o Google Chrome no início deste ano. Desta vez foi o Brave, navegador de código aberto, quem bateu forte na famigerada API conhecida como Federated Learning of Cohorts (FLoC), anunciada pela gigante de Mountain View como um sistema de proteção à privacidade dos usuários.
Não é, diz o CEO e cofundador do Brave, Brendan Eich, em um artigo publicado no blog do navegador nesta segunda-feira (12), e também assinado pelo pesquisador sênior de privacidade Peter Snyder. Com o título “Um passo na direção errada”, os autores dizem que, na verdade, o oposto acontece.
Conforme Eich e Snyder, a nova interface de programação de aplicações “permite que seu navegador compartilhe seu comportamento de navegação e interesses, por padrão, com todos os sites e anunciantes com os quais você interage”. Por isso, asseguram que o Brave removeu a FLoC da versão Nightly do seu navegador para desktop e Android.
Por que a FLoC é ruim para os usuários?
Fonte: DroidView/ReproduçãoFonte: DroidView
O primeiro prejuízo ao usuário, informa o artigo, é que a “FLoc compartilha informações sobre o seu comportamento de navegação com sites e anunciantes que, de outra forma, não teriam acesso a essas informações. Isso significa que a API da Google ofereceria aos sites recém-visitados uma visão muito melhor de quem você é, e a qual público-alvo pertence, principalmente se você já bloqueia cookies de terceiros".
"O segundo ponto é que a privacidade da Google, ao criar grupos de interesses não exclusivos de um usuário, ignora que os dados sobre um usuário são únicos e também pessoais e importantes para aquela pessoa. O que nos leva ao terceiro ponto: dizer que privacidade é apenas “ausência de rastreamento entre sites” é um conceito errado. O certo seria: não conte coisas minhas para os outros sem minha permissão".
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