(Fonte da imagem: Reprodução/Terra)
Um projeto piloto de segurança pretende ajudar a Polícia Militar a garantir a segurança nos estádios de futebol brasileiros. Uma nova tecnologia de biometria desenvolvida por uma parceria entre a Federação Paulista de Futebol (FPF), o Grupo Policom, a Abex Brasil e a NNW alia monitoramente facial a câmeras de alta definição para registrar e vigiar o comportamento de todos os torcedores que entram nos locais onde uma partida vai ser realizada.
Segundo Anderson Luiz Carvalho, gerente de marketing do Grupo Policom, a intenção não é inibir a liberdade dos torcedores, mas sim barrar aqueles que apresentam comportamentos problemáticos. “É um BBB dentro do estádio. Não se trata de invasão de privacidade, mas de segurança. São temas diferentes, e o que nós queremos é oferecer segurança ao público”, afirmou em entrevista ao Terra.
Mais segurança nos estádios
Diversas câmeras espalhadas por uma arena esportiva fazem o reconhecimento facial de todas as pessoas que chegam ao local. Caso alguém execute um comportamento anormal ou considerado suspeito, operadores do sistema e policiais podem identificar de forma exata o local onde o indivíduo problemático está e, assim, evitam a ocorrência de problemas mais sérios.
“Monitoramos tudo, 100% dos torcedores. Nesses três jogos que já realizamos, detectamos muita coisa: de beijos e brigas de casais até furto de carteira e uso de drogas”, afirmou Carvalho. Embora as companhias envolvidas se recusem a fornecer números exatos, a estimativa é que o uso do sistema de monitoramento custe entre R$ 50 mil e R$ 80 mil para ser aplicado.
Planos para a Copa de 2014
O sistema atualmente passa uma fase de testes no Brasil, porém já existe a intenção de ampliar o projeto e utilizá-lo nos estádios que vão sediar partidas da Copa do Mundo de 2014. Segundo Carvalho, dirigentes e membros de sindicatos ligados ao futebol demonstraram interesse na tecnologia.
“Já estamos negociando com um estádio que receberá a Copa, mas a concorrência é injusta. Não há uma norma técnica para isso”, lamenta o gerente ao lembrar das brechas na lei que permitem que câmeras de baixa resolução sejam utilizadas — situação que reduz os custos, mas que dificulta a realização de um trabalho de monitoramento realmente efetivo.