A Suprema Corte da Índia está cobrando explicações do WhatsApp sobre a nova política de privacidade do mensageiro. O tribunal quer entender por que os padrões de privacidade do app são mais baixos para os usuários do país do que para os europeus.
Atualmente, uma petição quer impedir que a companhia de tecnologia implemente os novos termos no país. Então, o tribunal alega que os cidadãos têm receio de perder a sua privacidade e cabe a ele protegê-los.
Índia diz que “a privacidade dos cidadãos vale mais do que dinheiro”.Fonte: India Express/Reprodução
A petição em questão foi resgatada pelo promotor chefe da corte indiana S. A. Bobde. O documento tem base em um pedido provisório pendente apresentado originalmente em 2017.
Na época, o WhatsApp negou as alegações de compartilhamento de dados e explicou que usa a mesma política de privacidade em todos os países. A exceção ocorre nas nações europeias porque elas possuem leis especiais de proteção de dados.
Então, a empresa se comprometeu a seguir novas regras de privacidade caso a Índia tivesse um estatuto semelhante. Na ocasião, o tribunal respondeu que “as pessoas valorizam sua privacidade mais do que o valor da empresa, que pode ser em trilhões”.
Brasil também questionou o WhatsApp sobre as políticas de privacidade.Fonte: Medium/Reprodução
Brasil também exige explicações
Na semana passada, o Brasil também cobrou explicações do WhatsApp a respeito da nova política de privacidade. No dia 5 de fevereiro, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) enviou uma notificação à companhia que pertence ao Facebook.
O órgão deu um prazo de até 15 dias para a empresa prestar esclarecimentos. Assim, ela precisa responder perguntas sobre o controle de privacidade dos usuários e se as pessoas que não concordarem com as novas regras terão que abandonar o app.
Os novos termos de privacidade do WhatsApp causaram controvérsias em muitos países. Previsto para entrar em vigor em fevereiro, a implantação foi adiada para maio. Dessa maneira, a companhia terá tempo para esclarecer as dúvidas de usuários e governos.
Fontes
Categorias