Menos de um mês após o megavazamento de dados que expôs informações confidenciais de 223 milhões de brasileiros, o laboratório de cibersegurança da Psafe acaba de detectar na quarta-feira (10) outro possível incidente, desta vez colocando em risco informações de mais de 100 milhões de contas de celular.
De acordo com a startup brasileira, a sua ferramenta de proteção empresarial dfndr enterprise identificou, através de monitoramento contínuo da deepweb, uma nova base de dados à venda, com número de celular, nome do assinante e endereço “de quase metade da população do país”.
Na nota à imprensa, a Psafe explicou que, para verificar as informações detectadas por sua ferramenta, se fez passar por um possível comprador e entrou em contato com o criminoso, solicitando uma amostra do banco de dados oferecido para venda. A empresa faz questão de ressaltar que não compactua com o comércio de informações sigilosas.
O que dizem as operadoras de telefonia
Fonte: Certo/ReproduçãoFonte: Certo
Apesar de a Psafe se recusar a comentar informações de eventuais vítimas ou a origem dos dados das operadoras, alguns sites especularam que a alegação do hacker é de que os dados teriam vindo das operadoras Vivo e Claro. Há também especulações de que até mesmo informações do presidente Jair Bolsonaro estariam no banco de dados vazado.
A Vivo se manifestou através de nota, informando que "reitera a transparência na relação com os seus clientes e ressalta que não teve incidente de vazamento de dados". A companhia garante possuir “os mais rígidos controles nos acessos aos dados dos seus consumidores e no combate a práticas que possam ameaçar a sua privacidade”.
Citando as reportagens, a Claro afirmou não ter identificado nenhum vazamento de dados e lembrou que a Psafe não encontrou evidências que comprovasse a alegação dos criminosos. Em nota, a operadora garantiu investir fortemente em procedimentos de segurança e manter monitoramento constante “para identificar fraudes e proteger seus clientes”.
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