Uma operação policial realizada nesta semana por equipes de vários países conseguiu neutralizar a Emotet, rede de bots responsável pelo malware mais importante e bem-sucedido durante o ano de 2020, com milhares de golpes realizados por email.
Descrita pela Europol como um dos principais “abridores” de sistemas informatizados do mundo, a Emotet teve milhares de computadores apreendidos pela iniciativa Plataforma Multidisciplinar Europeia contra Ameaças Criminais (EMPACT), com participação de policiais da Holanda, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido, França, Lituânia, Canadá e Ucrânia, coordenados Europol e Eurojust.
A Emotet vem operando um dos serviços de cibercrime mais profissionais e duradouros já existentes. Detectada pela primeira vez em 2014, como um cavalo de Troia bancário projetado para espionar computadores e roubar detalhes de login, o malware evoluiu de forma espantosa e se transformou numa perigosa rede internacional de crackers.
Como funcionava a Emotet?
Fonte: Cyfirma/ReproduçãoFonte: Cyfirma
A Emotet é uma botnet, rede de bots (softwares simuladores de ações humanas) que, utilizando anexos de email, obtém acesso aos computadores das vítimas e vende os dados para cibercriminosos que conseguem instalar softwares maliciosos ainda mais perigosos. Segundo a Europol, a Emotet também alugava os programas e códigos maliciosos que produzia, como Trojans bancários e ransomwares.
Após a ação policial, explica Dmitry Smilyanets, um especialista em inteligência de ameaças da Recorded Future, ainda que tenham conseguido escapar, os criadores da rede dificilmente conseguirão reconstruir sua estrutura, primeiramente porque se trata de uma sistema muito complicado e delicado, e também porque “eles têm dinheiro suficiente para se aposentar em paz”.
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