Reuters. Por Aluísio Alves - A Cielo anunciou nesta terça-feira uma parceria com a empresa de segurança CyberSource com a qual pretende reduzir em cerca de 90 por cento o número de fraudes nas operações de comércio eletrônico.
Segundo a Cielo, maior empresa de meios de pagamento do Brasil, o acordo permitirá ofertar a lojistas conveniados uma solução capaz de detectar tentativas de fraude em tempo real, em operações com cartões de crédito e de débito pela Internet.
O mecanismo consiste em submeter o pedido de aprovação das compras a mais de 260 provas, processo que leva menos de dois segundos, de acordo com a CyberSource, uma subsidiária da Visa.
Uma das ferramentas permite descobrir o endereço IP do computador por meio do qual a compra está sendo feita e um histórico das transações feitas pelo equipamento com lojistas. De acordo com a pontuação de risco resultante da análise, a compra pode ser rejeitada.
"Para o e-commerce, é uma evolução semelhante à implantação do chip nos cartões, substituindo as tarjas magnéticas", disse a jornalistas o vice-presidente executivo de produtos da Cielo, Eduardo Chedid.
Em 2011, a Cielo capturou mais de 80 milhões de transações em lojas virtuais, o que representou cerca de 7 por cento do total de pagamentos intermediados pela empresa, ou o equivalente a 28 bilhões de reais.
Cerca de 0,75 por cento das transações foram alvos de fraudes, segundo Chedid. Nas transações processadas com o uso físico do cartão o percentual de fraudes cai para 0,04 por cento.
A Cielo não quis comentar qual o valor do investimento empregado com o uso da tecnologia, mas admitiu que prevê ganhos operacionais, devido à economia esperada com menos despesas por fraudes.
Esse benefício, no entanto, depende da velocidade que os lojistas clientes da Cielo também invistam para utilizar a ferramenta. O argumento para tentar convencê-los a adotá-la é de que eles também terão redução de custos.
"Quando os vendedores reduzem as fraudes, o volume de vendas eletrônicas aumenta", disse a jornalistas o presidente da Cielo, Rômulo Dias. "É dinheiro na veia para os lojistas", acrescentou.
Categorias