Na noite da última terça-feira (19), o governo norte-americano liberou a aguardada lista de perdões assinada por Trump, nos momentos finais de seu mandato. Com 143 nomes, o documento sanciona o perdão de 73 casos e 70 comutações de sentença. Entre os perdoados está Anthony Levandowski, condenado por espionagem corporativa em 2020 por furtar dados comerciais da Google.
Levandowski teria copiado ilegalmente cerca de 14 mil arquivos de design proprietário da divisão de carros autônomos da Google — hoje conhecida como Waymo —, que acabaram por influenciar o desenvolvimento de projetos da mesma natureza da Uber. O juiz do caso, William Alsup, descreveu o episódio como "maior crime de segredo comercial" que ele já analisou. Anthony eventualmente foi demitido da Uber e multado em quase U$ 139 milhões pela Google, algo em torno de R$ 736 milhões.
Outros nomes conhecidos também figuram na lista de Trump, incluindo os rappers Lil Wayne e Kodak Black, condenados por posse de armas; Stephen Bannon, gerente da campanha presidencial do ex-presidente e condenado por uso indevido de fundos, entre outros aliados democratas. O fundador da Wikileaks, Julian Assange, e o informante dos vazamentos da NSA, Edward Snowden não receberam o perdão presidencial.
Ato de perdão de Trump marca os últimos momentos de seu mandato. (Fonte: KFOR / Reprodução)Fonte: KFOR
Nesse sentido, Donald Trump e os demais membros de sua família também não entraram na lista, possivelmente para evitar controvérsias relacionadas ao "autoperdão" presidencial. O documento está disponível na íntegra no site da Casa Branca e pode ser acessado clicando aqui.
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