A briga entre Apple e Facebook voltou a esquentar: de um lado, a rede social critica atualizações nos aparelhos da Maçã que vão mostrar exatamente quais são os dados coletados e pedir permissão para cada um deles. Do outro, a companhia garante que está fazendo isso apenas por preocupação com o consumidor.
O mais recente desenrolar na história veio por meio de um comunicado oficial da Apple enviado ao site The Verge. Confira abaixo o texto na íntegra.
"Nós acreditamos que é um simples caso de defender os nossos usuários. Eles devem saber quando os dados estão sendo coletados e compartilhados ao redor de outros aplicativos e sites — e devem ter a escolha de permitir isso ou não. O App Tracking Transparency no iOS 14 não requer que o Facebook mude a sua atuação de rastrear usuários e criar publicidade direcionada, ele simplesmente pede que deem ao usuário uma escolha", diz o comunicado.
O que aconteceu?
As primeiras acusações partiram da Apple no final de novembro de 2020, quando a marca iniciou a divulgação mais intensa da ferramenta que aumenta a privacidade no iOS 14 ao mostrar exatamente que dados são coletados por cada app e pedir a permissão do dono do aparelho para isso.
O App Tracking Privacy pede permissões e expõe coleta de dados para cada serviço.Fonte: Apple
O Facebook rapidamente respondeu, alegando que a companhia faz a própria coleta de informações e usa uma posição de domínio no mercado para impedir a atuação de rivais e lucrar mais. A empresa deve lançar uma campanha ainda nesta semana com os argumentos de defesa. Ambas são alvos de investigação em vários países por práticas anticompetitivas de mercado.
Vale lembrar que essa nem é a única desavença recente entre as partes: em agosto, ambas discutiram a respeito de uma atualização do Facebook que citava o caso sensível da taxa de 30% cobrada por microtransações e compras feitas no iOS. O App Tracking Transparency teve o lançamento adiado e só deve estrear em 2021.
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