Nessa quarta-feira (09), o WhatsApp revelou que a Apple está impondo políticas anticompetitivas para aplicativos de mensagens concorrentes do iMessage. Um porta-voz do mensageiro do Facebook divulgou ao site Axios a relação conflituosa entre as companhias e afirma que a maçã tenta constantemente impulsionar os próprios produtos ao podar rivais por meio de políticas de privacidade.
A Apple avançou contra as redes sociais e seus aplicativos para iPhone com sua política de compartilhamento de dados inaugurada no iOS 14. A companhia exigiu que as companhias informassem quais dados recolhiam dos consumidores — quando em primeiro plano e na hora da instalação — e levou essa informação de forma sucinta e clara para o consumidor por meio de uma notificação em tela, o que causou certa reação nos usuários.
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Para o WhatsApp, a regra é a mesma: os usuários se deparam com uma janela que denuncia quais são os dados coletados pelo aplicativo — número de telefone, perfil do celular, endereço IP, contatos e até informações de pagamento, se solicitado —, gerando surpresa para quem desconhecia as exigências do aplicativo.
Contudo, o porta-voz do WhatsApp alega que a medida é anticompetitiva por não afetar os aplicativos da própria Apple. Segundo ele, o iMessage não é afetado pela política de privacidade em nenhum momento, o que poderia afastar o usuário do WhatsApp devido aos alertas e convencê-lo que o iMessage é uma alternativa "menos invasiva".
Sem briga na justiça
As reclamações do WhatsApp não passaram de falas neste momento. A companhia não revelou se entraria com uma ação judicial contra a companhia, então há chance do mensageiro não ir além nessa briga.
Ainda assim, o Facebook mantém uma relação ainda mais complicada com a Apple após a implantação das ferramentas de privacidade, principalmente após ser utilizada como referência como companhia que “coleta o máximo de dados que pode”. A disputa ainda não chegou aos tribunais, mas ambas persistem numa constante troca de acusações: o Facebook, pela sua incessante coleta de dados de usuários; e a Apple, no seu controle autoritário sobre iPhones, iPads e outros dispositivos.
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