A Polícia Federal deflagrou neste sábado (28) a Operação Exploit com o objetivo de prender os membros do grupo hacker Cyberteam, que assumiram a autoria aos ataques aos bancos de dados e servidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 15 de novembro, data do primeiro turno da Eleições 2020.
Foram cumpridos três mandados de prisão e de busca e apreensão em São Paulo e Minas Gerais, e mais um em Portugal, com apoio das autoridades locais. O líder do grupo, cidadão português conhecido como “Zambrius”, disse em entrevista ao Estadão antes de ser preso que não é um criminoso: “sou uma boa pessoa”, afirmou.
Segundo fontes do Estadão, Zambrius foi o hacker preso em Portugal, mas ainda não há informações sobre o quais seriam as possíveis penas para o criminoso, considerando que ele não é um cidadão brasileiro. Zambrius já foi preso em outras ocasiões por ataques hacker a outras instituições e estava proibido de sair de casa, usando inclusive uma tornozeleira eletrônica.
A Cyberteam, segundo outras teams e pesquisadores sec, nunca foi um grupo de relevância: usava e abusava de vulns antigas para alcançar fama. Nunca houve uma "prova" de habilidades relevantes o suficiente
— Felipe Payão (@felipepayao) November 28, 2020
Ao Estadão, Zambrius, de 19 anos, disse que não foi pago por ninguém para atacar o TSE e que sua intenção era simplesmente revelar vulnerabilidades da instituição brasileira, não tendo motivações político-partidárias. Ainda assim, o ataque ajudou a alimentar teorias conspiratórias e a divulgação de notícias falsas sobre a legitimidade das Eleições 2020, bem como das urnas eletrônicas. Candidatos derrotados aproveitaram a situação para questionar o pleito publicamente, mesmo sem qualquer indício de que a contagem dos votos tenha sido comprometida
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