Hackers russos planejavam ataque às Olimpíadas do Japão de 2020

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Hackers russos planejavam atacar organização das Olimpíadas de 2020, que seria sediada no Japão este ano, mas acabou adiada devido a pandemia de covid-19. Segundo o Reino Unido, o grupo pretendia agir em retaliação ao banimento de atletas do país, acusados de doping, em uma campanha que teria participação e apoio do governo da Rússia.

Autoridades do Reino Unido afirmam que o grupo hacker Sandworm realizou recorrentes operações de “reconhecimento” para obter informações de organizadores, patrocinadores, serviços de logística das Olimpíadas e Paralimpíadas e, por consequência, realizaria ataques durante a realização do evento.

A delegação russa teve banimento confirmado em 2016, quando um programa estatal de doping foi descoberto. Após testes clínicos, os atletas “limpos” puderam participar dos Jogos Olímpicos de 2016, sediados no Brasil, mas foram impedidos de carregar as cores do país de origem. Algo semelhante deve acontecer nos próximos jogos, devido a gravidade das acusações internacionais.

a  AP News/Reprodução 

Caso recorrente

Caso semelhante aconteceu em 2018, durante os últimos Jogos de Inverno, sediados na Coreia do Sul. Neste caso, o governo dos Estados Unidos culpou a Rússia por um ataque hacker que impactou os sistemas de transmissão durante a abertura do evento, dificultando o acesso de espectadores e causando falhas na transmissão ao vivo da cerimônia.

O ataque também afetou a cobertura de jornalistas, que foram impossibilitados de acompanhar o evento remotamente e não conseguiam se conectar à internet, impactando também a própria funcionários dos bastidores. Quando investigado, o ataque parecia partir de máquinas norte-coreanas e chinesas, camufladas com o auxílio de um VPN.

Segundo relatórios do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, o grupo Sandworm estaria ligado à agência de inteligência das Forças Armadas da Rússia, realizando ataques e obtendo informações sobre interesses políticos do governo russo.

"Russofobia"

Insatisfeito com as acusações dos Estados Unidos e Reino Unido, o governo russo se manifestou e alega estar sendo alvo de "russofobia" do governo estadunidense, mencionando que o país tende a acusá-lo por "todos os pecados".

Através do porta-voz Dmitry Peskov, o Kremlin afirma à repórteres que as acusações são parte de uma "russofobia frenética que obviamente nada tem a ver com a realidade", e lamentou a tendência da Rússia ser acusada constantemente.

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