Apple e FBI já protagonizaram quedas de braço por conta de suspeitos usuários de iPhones. Parece que o caminho não é pedir para invadir o celular e sim, solicitar toda e qualquer informação armazenada pela Apple: a empresa acaba de fornecer tudo o que tinha (incluindo o conteúdo da iCloud) registrado na ID Apple de Kelly Jackson, dono de um iPhone 7 preso por incendiar dois carros de polícia durante os protestos contra a morte do afro-americano George Floyd, em fins de maio
A FBI chegou até ele depois de analisar imagens captadas pela mídia, câmeras de vigilância e redes sociais. Segundo a Forbes, as evidências entregues pela Apple incluíram a biblioteca de fotos de Jackson. Uma delas era a captura de tela com uma lista com todo o material para se fazer um coquetel molotov.
O relatório do FBI diz que “vídeos da conta do iCloud mostraram as mãos de um homem branco abrindo uma bolsa preta contendo uma garrafa de vidro verde com tampa dourada, cheia de líquido."
Camiseta favorita
Outro vídeo mostrava “uma garrafa de vidro semelhante sendo jogada dentro de um carro da polícia, incendiando-o. O indivíduo que jogou a bomba comemorou sua conquista na frente das câmeras, embora o rosto não fosse visível”.
Jackson aparece em datas anteriores vestindo a mesma camiseta do suspeito investigado pelo FBIFonte: Departamento de Justiça dos EUA/Divulgação
O de Jackson, porém, está bem claro em uma selfie, tirada no mesmo dia e com o mesmo celular, em que ele usa as mesmas camiseta e bandana (sem falar do casaco com capuz) do suspeito de incendiar o carro de polícia. Ele foi preso na semana passada, acusado de posse ilegal de dispositivo destrutivo e incêndio criminoso.
Segundo o relatório de transparência da Apple divulgado no início deste ano (referente ao segundo semestre de 2019), a empresa recebeu 4.095 pedidos por informações e dados de usuários, fornecendo tudo o que tinha 3.645 vezes.
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