Se você acompanha as notícias do mundo tecnológico, certamente já ficou preocupado, em algum momento, com roubo de dados ou esquema de fraude direcionado a smartphones. Os aparelhos mais seguros do mundo certamente podem protegê-lo, mas saiba que, para isso, terá de desembolsar valores considerados exorbitantes por grande parte da população: de R$ 10 mil até mais de US$ 5 milhões, a exemplo dos dispositivos da empresa israelense CommuniTake, utilizados por políticos e funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU).
Tais dispositivos geralmente contam com sistemas de criptografia de ponta e não armazenam dados em servidores ou habilitam transmissão de voz e vídeo. Eles também carregam mecanismos de autodestruição de mensagens e podem limpar todas as informações que contêm. Para que tudo continue funcionando, taxas mensais normalmente são cobradas, elevando ainda mais os custos.
Celulares mais seguros do mundo garantem tranquilidade, mas a um custo bem alto. (Fonte: Shutterstock)
Cidadãos "comuns", entretanto, não precisam perder o sono com isso, apesar de alguns cuidados serem essenciais para a própria proteção. Por exemplo,Vojtech Bocek, Engenheiro Sênior de Engenharia de Segurança de Mobiles, da Avast, explica que um dos primeiros passos em qualquer dispositivo é instalar um aplicativo de segurança eficiente. "O principal problema dos sistemas de segurança de fábrica é a atualização, que nem sempre acompanha a velocidade das ameaças cibernéticas". Mesmo aparelhos mais recentes não estão livres de investidas maliciosas: "Se o cibercriminoso for habilidoso o suficiente para fazer um ataque complexo, você nem saberá".
Fique de olho
Especialistas de segurança ressaltam a necessidade de manter aplicativos e sistemas atualizados, e isso se justifica, afirma Bocek. Caso seu celular não receba mais implementações, está na hora de considerar a troca para se manter seguro: "Embora alguns dispositivos Android possam ser mantidos atualizados usando versões personalizadas da compilação do sistema pela comunidade (as chamadas ROMs customizadas), elas são relativamente difíceis de instalar e, sem dúvida, podem ser ainda mais perigosas que apenas manter a última atualização oficial no dispositivo".
Smartphones mais baratos, inclusive, podem sair bem caros, complementa Bocek: "De acordo com as nossas estatísticas, uma das causas mais comuns de 'dispositivos hackeados' são os aparelhos que saem de fábrica com malwares pré-instalados. Esses são dispositivos extremamente baratos de marcas menos conhecidas e que capturam usuários com seus preços baixos".
Portanto, na hora de escolher o seu, verifique a marca que está comprando e busque aquelas bem estabelecidas, mesmo que sejam um pouco mais caras. "Usuários não devem ignorar as notificações de atualização do fabricante para manter seus dispositivos atualizados e não devem comprar dispositivos daqueles que notoriamente ignoram as atualizações de segurança", alerta Bocek.
Então, independentemente do aparelho ou do sistema operacional utilizado, instale um bom antivírus para se manter protegido, a exemplo do Avast, disponível para iOS e Android, que conta com mecanismos avançados de inteligência artificial e garante a integridade de seus dados; assim, você não precisa vender sua casa para continuar navegando sem preocupações.