Os responsáveis pela invasão em larga escala ao Twitter, registrada na metade de julho deste ano, deram mais detalhes sobre a operação durante uma entrevista remota ao The New York Times (NYT). Ao contrário do que se pensava, as informações recolhidas pelo site indicam que o ataque não foi feito por uma rede sofisticada, mas por um grupo de jovens.
Os invasores enviaram ao NYT uma captura de tela das conversas, revelando seus nicks na rede social: "Kirk", "lol", "ever so anxious" e "PlugWalkJoe". O plano teve início na última terça-feira (15), através de uma conversa no Discord — plataforma de mensagens famosa entre fãs de jogos.
No dia seguinte, o grupo de quatro jovens conseguiu invadir contas de alto impacto, como a do político estadunidense, Joe Biden, e do CEO da Tesla, Elon Musk. Através dos perfis, eles solicitaram que os seguidores realizassem um depósito de bitcoins sob a promessa de enviar a quantia em dobro.
Bastidores do ataque
Ao que tudo indica, Kirk foi o líder de toda a operação. Em uma mensagem, ele alegou que trabalhava no Twitter e tinha acesso privilegiado à rede de computadores da empresa.
Ele entrou em contato com "ever so anxious" e "lol", convidando os dois para atuar como intermediários, lidando apenas com as vendas das contas hackeadas. Após a afirmativa, os intermediários postaram um anúncio no site OGusers.com, oferecendo os acessos de famosos do Twitter em troca de bitcoins.
Um dos compradores foi Joseph O’Connor ("PlugWalkJoe"), hacker conhecido por comunidades de invasores virtuais. Ele foi identificado como um dos possíveis envolvidos no ataque, mas negou a acusação alegando que estava na Espanha enquanto a operação foi realizada.
Evidências verificadas
As informações fornecidas pelos hackers foram analisadas pelo NYT, que indica sua veracidade. Todos os dados recolhidos serão utilizados nas investigações. No ataque, 45 contas foram invadidas e US$ 180,000 (quase R$ 1 milhão) em bitcoins foram roubados.
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