Na manhã desta sexta-feira (26), a Polícia Federal deflagrou a operação Capture the Flag contra hackers suspeitos de invadirem sistemas de órgãos públicos. O grupo Digital Space é acusado de obter e divulgar, de forma ilícita, dados de 200 mil militares das Forças Armadas em retaliação ao Presidente Jair Bolsonaro.
Realizada no Rio Grande do Sul e no Ceará, a ação cumpriu mandados de busca e apreensão em Nova Bassano (RS), Porto Alegre (RS) e Fortaleza (CE). Segundo a PF, os mandados foram emitidos para acesso à casa de suspeitos com 17 anos e 19 anos de idade. Os nomes não foram divulgados. A PF ainda destacou a possibilidade de mais de um grupo estar envolvido.
Teriam sido invadidos sistemas de universidades federais, prefeituras e câmaras de vereadores municipais no Rio de Janeiro, no Paraná, em Goiás e no Rio Grande do Sul, além de outros órgãos públicos. No Rio Grande do Sul, mais de 90 instituições podem ter sido comprometidas.
Também existem indícios de outros crimes cibernéticos, como compras online e fraudes bancárias. A investigação ainda apura se houve invasão de dispositivo informático, corrupção de menores, estelionato e organização criminosa.
O mesmo grupo divulgou dados de 4 mil militares da Polícia Militar e do Exército Brasileiro incorporados no Rio de Janeiro.
O que foi divulgado?
O Digital Space divulgou, em maio, dados pessoais de milhares de integrantes das Forças Armadas, além de resultados de exames médicos de Bolsonaro. O grupo também liberou uma parte das informações para provar a veracidade da invasão.
Foram encontrados nomes completos, contas bancárias, títulos de eleitor, números de telefone, nomes dos pais, nível de escolaridade, religião, números de RG, CNH, CPF e outros. Na divulgação, o grupo prometeu expor mais informações de funcionários públicos e militares e afirmou que os dados vazados não chegam a 25% do material que possuem.
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