Segundo o Instituto Ponemon, 63% das pequenas e médias empresas sofreram algum incidente com vazamento de dados em 2019. A principal causa citada para isso é a perda ou o roubo de equipamentos, seguida por ataques à rede, vulnerabilidades dos dispositivos móveis e e-mails enviados para remetentes errados. Outra constatação alarmante é que, na maioria dos casos (52%), os dados comprometidos envolviam informações dos clientes.
A pesquisa mostra também que o Brasil é o país mais propenso a sofrer violações de segurança: o risco é de 43% em uma empresa brasileira sofrer um ataque, muito acima de países com cultura de segurança cibernética, como Alemanha (com 14%) e Austrália (17%). Segundo Isaac Ferreira, superintendente de Engenharia de Produtos da Tecnobank, esse tipo de ataque tem como alvo pequenas e médias companhias por conta da menor quantidade de investimento em segurança da informação.
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Não são as empresas multimilionárias os alvos favoritos dos hackers
“Não são as empresas multimilionárias os alvos favoritos dos hackers. Geralmente, as menores têm orçamento mais enxuto para direcionar à segurança cibernética e, por isso, são os alvos favoritos”, explica. Em pesquisa realizada pelo National Cyber Security Alliance, 25% das pequenas empresas declaram falência após um ataque cibernético desse tipo.
O especialista explica que as violações de segurança às pequenas e médias empresas acabam sendo facilitadas por dispositivos inseguros e não monitorados, especialmente notebooks; senhas fracas; compartilhamento de informações de terceiros e comportamento negligente dos colaboradores. Para ajudar pequenas e médias empresas a melhorarem a segurança digital e evitar vazamentos de dados, o gerente de Infraestrutura da Tecnobank, Paulo Cury, sugere algumas ações.
Treinamento
O treinamento da equipe é essencial para fazer com que os riscos de ataque sejam menores. "Orientações sobre links de phishing, spams e outras ciberameaças podem ser a diferença entre ter os dados vazados ou não", sugere Cury.
Plano de ações
Outro fator importante é a necessidade de um plano de ações para a empresa, especialmente se tratando de vazamento de dados. Isso faz com que departamentos diferentes, como o marketing, o RH e outros, possam ajudar a diminuir os estragos e até auxiliar os responsáveis pela TI, mitigando custos e diminuindo danos.
Investimento em cibersegurança
O grande diferencial em ser uma empresa que sofreu um vazamento de dados ou não pode ser o investimento na segurança digital. O estudo do Instituto Ponemon mostra que, em 2019, as pequenas e médias empresas brasileiras destinaram em média US$ 1,2 milhão para reparar e restaurar a infraestrutura e ativos de TI após ataques, gastando mais US$ 1,9 milhão relacionados às perturbações nas operações regulares. "Ou seja, é mais barato prevenir um ataque que arcar com seus custos", pondera Cury.
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