A população brasileira está entre as que mais desconfiam de dados coletados por aplicativos, segundo a edição mais recente da pesquisa anual do MEF (sigla para Mobile Ecosystem Forum) voltada para privacidade e confiança no ecossistema móvel.
Essa pesquisa entrevistou 6,5 mil usuários em dez diferentes países: Brasil, China, Espanha, Índia, África do Sul, Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Japão. Os resultados obtidos são referentes ao ano de 2019.
De acordo com a MEF, 34% dos brasileiros não instalaram aplicativos com um número excessivo de permissões no ano passado. Entre os entrevistados, 48% disseram evitar apenas uma vez ou outra, enquanto 18% não se importavam com esse fator.
Apenas China e Espanha se equiparam ao Brasil no quesito desconfiança. Na China, 25% dos entrevistados evitaram instalar apps a partir deste critério e 57% assumiram essa postura ocasionalmente. Assim como a população brasileira, apenas 18% dos chineses não desconfiaram dos apps. Em terras espanholas, os percentuais apresentados foram de 37%, 45% e 18%, respectivamente.
Por outro lado, o Japão é o país que teve o índice de confiança em aplicativos móveis mais alto durante 2019. Lá, 38% não desconfiaram dos aplicativos na hora de fazer o download. Somente 27% dos japoneses que participaram da pesquisa declaram evitar instalações frequentemente, enquanto 34% tinham essa postura apenas eventualmente.
Compras em dispositivos móveis
Esses hábitos, sem dúvidas, têm impactos no comércio móvel. O Brasil é o país onde isso fica mais visível, já que 79% dos usuários deixaram de completar pelo menos uma compra pelo celular em 2019 por não confiarem na empresa.
Nesse sentido, a África do Sul vem em segundo lugar, com 77%. O Japão mais uma vez percorre o caminho contrário, uma vez que 55% dos entrevistados alegaram que não cancelaram nenhuma compra pelo celular durante o ano passado por esses motivos.
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