As principais operadoras de telefonia celular do Brasil vão fornecer os dados de localização dos usuários ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). O objetivo é monitorar a mobilidade da população e identificar aglomeração e concentração de pessoas, entre outras situações que facilitam a disseminação do novo coronavírus.
De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), as teles Oi, TIM, Vivo, Claro e Algar Telecom irão atuar em parceria para disponibilizar ao poder público as informações originadas pelos celulares durante acesso às redes móveis.
Ainda segundo a entidade, os dados fornecidos serão utilizados exclusivamente no combate à covid-19. E para garantir a privacidade, eles estarão organizados de forma agregada e anônima em nuvem pública (Data Lake), com a operação seguindo as normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e do Marco Civil da Internet.
O monitoramento da localização dos usuários é para identificar possíveis aglomerações de pessoas, situação que facilita o contágio do coronavírus.Fonte: Pixabay
Soluções parecidas a esta foram adotadas em outros países, com a mesma finalidade. Nos Estados Unidos, por exemplo, os dados utilizados para estudar o avanço da doença foram repassados pelas empresas de publicidade online. Já na Alemanha e na Itália, as informações estão sendo obtidas junto às teles, como acontecerá aqui.
Apps para mapear a evolução da doença
A atuação das operadoras de celular não ficará restrita à disponibilização dos dados de localização dos seus clientes. Conforme o SindiTelebrasil, elas também vão desenvolver aplicativos e casos de uso para auxiliar os órgãos públicos a mapear a evolução da covid-19 no Brasil.
Nesta iniciativa, as teles poderão ainda convidar universidades, startups e outras empresas para participar, seja agregando um maior volume de dados anonimizados à nuvem pública ou desenvolvendo outros tipos de apps para otimizar o mapeamento.
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