Multa de quase US$ 260 mil (R$ 1,101 milhão) e cinco anos de cadeia: essa é a pena que Ryan S. Hernandez – conhecido como RyanRocks ou o “Hacker da Nintendo” – vai enfrentar por ter invadido repetidas vezes os servidores da empresa desenvolvedora de games. Além disso, por conta da acusação de posse de pornografia infantil, o tempo de prisão pode ser acrescido em mais 20 anos.
Hernandez se declarou culpado de ter invadido, junto de um amigo e usando credenciais de funcionários da Nintendo (conseguidas via phishing), o sistema da empresa e de ter furtado e tornado públicos dados sigilosos, como informações sobre o então inédito Nintendo Switch.
Em outubro de 2017, agentes do FBI que investigavam a invasão no ano anterior chegaram até o hacker. Hernandez morava com os pais (ele tinha então 17 anos), que se comprometeram a mantê-lo longe de problemas. Dois anos depois do primeiro incidente, ele não somente hackeou a Nintendo de novo para furtar informações sobre videogames, consoles de jogos e ferramentas de desenvolvedor, como ainda se gabou de tê-lo feito em chats gamers e nas redes sociais.
Penas somadas
E ele não estava sozinho: o hacker mantinha o chat secreto “Ryan's Underground Hangout”, onde conversava com outros invasores de sistemas e trocava com eles informações sobre vulnerabilidades do sistema da Nintendo. Quando o FBI cumpriu mandato de busca em sua casa, os agentes encontraram milhares de arquivos confidenciais da desenvolvedora de gams e mais de mil vídeos e imagens de pornografia infantil.
Depois de ter se declarado culpado das acusações de abuso e fraude por computador, Hernandez aguarda a fixação da pena por posse de material pornográfico infantil, além de seu registro como criminoso sexual (o que o impediria de se aproximar de crianças, morar perto de escolas ou frequentar lugares como praças com brinquedos). A sentença final será conhecida no dia 21 de abril.
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