A empresa britânica Travelex, especializada em câmbio turismo, sofreu um ataque cibernético de larga escala no Ano-Novo. Quinze dias após o ocorrido, a Travelex ainda não conseguiu retomar seus serviços, incluindo o website que está fora do ar em 30 países. No Brasil, a empresa atua por meio do Grupo Travelex Confidence, formado pela Confidence Câmbio e pelo Travelex Bank.
[ATUALIZAÇÃO 16/01 às 14h: O Grupo Travelex Confidence informa que o vírus do tipo ransomware, que atacou as redes da Travelex Global, não afetou o Brasil. Por fazer uso de sistemas independentes, tanto as operações como os clientes locais não foram impactados. Os sistemas do Grupo no Brasil estão funcionando normalmente. A Travelex Global está tomando todas as ações necessárias para resolver a situação, incluindo a instauração de uma investigação aprofundada. Fim da atualização.]
Bancos associados como Barclays, Lloyds, Tesco Bank e RBS também foram afetados e estão incapazes de oferecer serviços de câmbio. Clientes da Travelex ao redor do mundo não conseguem acessar suas contas desde o primeiro dia do ano e temem que seus dados pessoais sejam vazados.
A empresa tentou tranquilizá-los, afirmando que “não há nenhuma evidência de que dados pessoais tenham sido comprometidos”. O CEO da empresa, Tony D’Souza, fez um comunicado declarando que a firma está progredindo em sua recuperação e que em breve irá restaurar a funcionalidade dos serviços oferecidos aos parceiros e clientes.
No entanto, os hackers responsáveis pelo ataque, integrantes de um grupo chamado Sodinokibi, entraram em contato com a BBC para esclarecer a situação. Na declaração, eles disseram que têm acesso ao sistema da empresa há seis meses e já fizeram download de 5GB de dados sensíveis. Informações bancárias, datas de nascimento e números de seguro são apenas alguns exemplos do que está sob a posse do grupo.
O grupo ameaçou expor dados sensíveis e afirmou que a empresa somente poderia sair ilesa mediante o pagamento de US$ 6 milhões. A Travelex acionou a polícia metropolitana de Londres, e as investigações sobre o ciberataque estão em andamento. Desde o ocorrido, funcionários da companhia têm trabalhado somente com papel e caneta, mas a expectativa é de que o sistema volte a funcionar até o final dessa semana, possibilitando o uso dos computadores.
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