O Facebook admitiu monitorar a localização de cada um dos seus usuários mesmo que o sistema de localização esteja desativado. A revelação foi feita pela rede social por meio de uma carta enviada aos senadores americanos Chris Coons e Josh Hawley no último dia 12 de dezembro.
No documento, obtido pelo jornal The Hill e publicado no Twitter nessa terça-feira (17), o Facebook informa que o monitoramento da localização dos usuários é necessário por causa da segmentação de anúncios e também para fortalecer o combate à divulgação de fake news.
Segundo a companhia de Mark Zuckeberg, todos os anúncios no Facebook são segmentados com base na localização, apesar de alguns deles serem direcionados a pessoas dentro de uma mesma cidade ou alguma região maior. Se isso não acontecesse, usuários da plataforma em Washington receberiam publicidade de Londres e vice-versa, explica a empresa na carta.
Já com relação a combater as campanhas de desinformação, a rede social afirma que consegue detectar, utilizando o sistema de localização, se postagens de orientação política estão tentando interferir em um determinado processo eleitoral se tiverem origem em outro país. Além disso, o monitoramento também ajudaria a identificar possíveis invasões de contas, em caso de login feito em outra cidade ou país diferente do habitual.
Como o Facebook deduz a localização do usuário
Na carta enviada aos senadores, o Facebook também detalhou como faz para deduzir a localização do usuário quando o sistema de rastreamento está desligado no Android e no iOS. São três formas: por meio de check-in, da marcação de fotos na rede social e pelo endereço de IP.
A plataforma disse ainda contar com profissionais especializados em processar estes dados por meio de APIs específicas que possibilitam à companhia descobrir a localização do usuário com um bom nível de acerto.
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