O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) resolveu investigar o Banco Pan após um gigantesco vazamento de dados bancários de seus clientes, o qual acredita-se ser o maior vazamento digital de dados da história da internet brasileira, com a exposição de mais de 1,2 milhão de documentos sensíveis.
No mês de julho, a revista eletrônica The Hack noticiou sobre um vazamento de 245 GB de dados bancários de clientes brasileiros, dos quais a maioria pertence ao Banco Pan, que se chamava Panamericano até 2013. A falha surgiu no serviço de armazenamento em nuvem de um dos servidores da Amazon.
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Em parte do “dump” recolhido é possível encontrar comprovantes de renda e residência, cópias de cartões de crédito, RG, CPF e CNH, contratos de financiamento, além de informações sobre operações financeiras tipicamente realizadas em bancos.
A assessoria do Banco Pan entrou em contato com o Portal Convergência Digital, por meio de um comunicado, onde a instituição contesta a ação do MP, alegando que o incidente ocorreu fora do alcance de sua propriedade e que “não constatou qualquer sinal de invasão em seus sistemas de segurança”.
Segundo o Banco Pan, antes de os clientes formalizarem suas operações junto à empresa, seus dados cadastrais são coletados por parceiros comerciais. Em caso de qualquer irregularidade no tratamento desses dados que venha a se tornar conhecida pelo banco, a instituição toma as medidas cabíveis. No entanto, o banco trabalha em conjunto com mais de 600 correspondentes bancários e mais de oito mil concessionárias de veículos de todo o país.
Para quem é cliente do Banco Pan, é recomendado trocar senhas de acesso de cartões e serviços, a fim de evitar possíveis golpes.