A Lei de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) deve entrar em vigor no Brasil até agosto de 2020, mas cerca de 85% das empresas do País ainda não estão prontas para as exigências da nova legislação, de acordo com um levantamento feito pela Serasa Experian.
Segundo a Agência Brasil, a pesquisa foi realizada em março e contou com a participação de 508 companhias de 18 ramos de atividades que atuam em diferentes segmentos e em todas as regiões do País. Entre os negócios consultados, a grande maioria sente que não está por dentro da nova legislação, que traz diretrizes para coleta de dados e exigências para as empresas cuidarem das informações, para evitar casos de vazamentos e ataques hackers.
Como as companhias ainda têm praticamente 1 ano para se adaptarem à nova realidade, alguns gerentes de negócios já estão planejando o processo de preparação para a LGPD. Segundo a pesquisa, 72% das firmas consultadas com mais de 100 funcionários pretendem contratar especialistas, como consultorias ou assessores, para auxiliarem em relação à nova lei.
Além disso, as empresas esperam grandes mudanças no setor de tecnologia da informação após a implementação da nova medida. O levantamento aponta que 73% das firmas entrevistadas acreditam que a chegada da LGPD terá algum impacto na infraestrutura atual de TI do negócio.
Aprovada no ano passado, a LGPD tem como principal inspiração o Regulamento Geral de Proteção de Dados, que já está em vigor na Europa. O objetivo das legislações é garantir que as empresas tenham mais cuidado e protejam os dados coletados de usuários.
A principal diferença da legislação brasileira é o fato de que os órgãos públicos também estão sujeitos à LGPD e terão que se adaptar à medida, que visa evitar e punir casos como o da Cambrige Analytica. As empresas que não cumprirem as regulamentações poderão sofrer com sanções que incluem multas de até R$ 50 milhões.
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