A Google está sendo investigada na Alemanha pela possibilidade de haver violado o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR, na sigla em inglês) da União Europeia.
No mês de julho, a Justiça alemã descobriu que a Google vinha contratando pessoas para analisar (ouvir, transcrever e revisar) amostras de áudio de seus usuários, gravadas a partir do uso da Google Assistente. Mas as gravações iam além de palavras e frases de ordem: aparentemente, os prestadores de serviços receberam diálogos particulares trocados entre usuários na presença da Assistente.
Justiça alemã toma providências
Após o ocorrido, a Comissão de Hamburgo Para Proteção de Dados e Liberdade de Informação da Alemanha informou à imprensa que as investigações para averiguar os procedimentos da Google já foram iniciadas e, em caso de a companhia ser considerada culpada, uma medida de proteção aos usuários seria necessária. Por isso, a Google foi impedida de continuar com as avaliações de amostras de áudio da Assistente pelos próximos 3 meses, o tempo de duração das investigações.
A empresa informou que já interrompeu a análise dos áudios em toda União Europeia e está contribuindo com a Justiça alemã no que for necessário para esclarecer os fatos e ajudar seus usuários a entender melhor como seus dados são utilizados pela empresa.
A princípio, ela justifica seus métodos para avaliar esses dados afirmando que pretende aprimorar o reconhecimento de voz a partir do estudo de vários sotaques. Além do mais, apenas 0,2% das gravações é revisada.
Acusação pode ser considerada grave
A acusação contra a Google pode ser considerada grave, e a empresa pode vir a sofrer multas severas, uma vez que o GDPR possui regras bem definidas e que não costumam dar margem para segundas interpretações.
Também se supõe que a companhia já deveria saber exatamente como funciona o regulamento, que entrou em vigor no dia 25 de maio de 2018.
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