Para evitar transtornos com leis de proteção aos dados, a Apple desativou a revisão de voz da Siri momentaneamente. O recurso serve para coletar amostras da voz dos usuários e enviá-las para análise, com o objetivo de melhorar o reconhecimento dos comandos. No entanto, ele não pode ser desabilitado e funciona de forma automática.
Há algumas semanas, a companhia foi acusada de invadir a privacidade de seus clientes, pois surgiram denúncias de que não apenas as falas de comandos foram captadas, mas também diálogos confidenciais (inclusive o som de casais fazendo sexo).
O Assistente da Google e a Amazon Alexa têm recurso parecido, mas que avisa o usuário sobre sua existência, assim como permitem ser desabilitados. Para evitar um escândalo ainda maior, a Apple voltou atrás e está desativando a gravação da Siri até lançar uma atualização que dê aos usuários a opção de desligá-la.
Apple se defende
A empresa emitiu um comunicado confirmando a mudança no comportamento da Siri, mas defendeu as práticas atuais. A Apple alega que menos de 1% das gravações é analisado, sendo que nenhuma delas seria associada à conta do usuário, supostamente impedindo a sua identificação por completo.
Disfarçando a gafe
Após as denúncias e o escândalo na mídia, a empresa parece estar correndo para resolver o problema, já que sempre usou a defesa da privacidade de seus usuários como um mote. Porém, é inevitável que alguns questionem o fato de um recurso que coleta informações pessoais não ter a opção de ser desabilitado.
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