Na terça-feira passada (4), o ministro da Justiça Sergio Moro teve seu celular hackeado durante seis horas. Um dia depois, o juiz federal Abel Gomes, relator na segunda instância da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro; e o juiz Flávio de Oliveira Lucas, que substituiu-o em período de férias, também foram alvos de tentativa de ataque hacker.
As ofensivas digitais foram confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) no sábado (8) e o caso é tratado como “tentativa’ porque a Polícia Federal ainda está analisando os aparelhos dos magistrados. De acordo com o comunicado do tribunal, os alvos seriam, além do máximo de dados disponíveis no dispositivo, as informações de conta e mensagens trocadas via Telegram.
“Ao perceber a tentativa dos hackers, o desembargador Abel Gomes acionou a Polícia Federal (PF), que está investigando o caso. Em ofício encaminhado à PF, o magistrado ressaltou que a necessidade de 'esclarecer o grau de comprometimento desta invasão em meu telefone móvel, sistemas eletrônicos, e na minha vida privada e funcional’”, diz a nota.
Invasão quase igual a de Moro
Segundo Abel, o “modus operandi” dos invasores foi muito semelhante ao praticado com Moro. A única diferença foi que o número do telefone que fez a chamada não era o mesmo que o seu — foi após receber uma ligação com seu próprio contato, sem ninguém responder do outro lado da linha, é que o ministro percebeu o ataque na semana passada.
"[Hackers] Tentam um tipo de terrorismo eletrônico, para intimidar autoridades. Querem fazer uma demonstração de força, mostrar que seriam capazes de entrar na vida privada e até funcional das autoridades", afirmou Abel Gomes, em nota.
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