A ferramenta corporativa Slack possui uma vulnerabilidade para a versão desktop Windows que pode ser explorada de maneira remota: a brecha permite que cibercriminosos alterem o local em que arquivos são baixados. Isso até pode parecer não tão grave, mas é possível redirecionar os arquivos para um servidor SMB (Server Message Block) separado e manipular o conteúdo dos documentos baixados — e isso é muito grave.
Se você usa o Slack, cheque por atualizações: não deixe seu PC desprotegido
Com a capacidade de alterar o conteúdo de documentos, cibercriminosos podem incluir malwares e roubar informações presentes tanto nos arquivos quanto no PC infectado. Quem descobriu a falha foi o pesquisador David Wells, da Tenable Research. Welles reportou o bug na plataforma HackerOne alertando que a brecha se encontrava na versão 3.3.7 do Slack para Windows.
Wells explica no relatório que a brecha permitiria que um invasor postasse um hiperlink especialmente criado em um canal do Slack que alterasse o caminho do local de download do documento quando clicado. As vítimas ainda poderiam abrir o documento baixado por meio do aplicativo, no entanto, isso seria feito a partir do compartilhamento SMB (Server Message Block) do invasor.
“O problema existe no gerenciador do protocolo "slack: //", que tem a capacidade de alterar configurações sensíveis no Slack Desktop Application. Esse caminho de download pode ser um compartilhamento SMB de propriedade do invasor, o que faria com que todos os documentos futuros baixados no Slack fossem enviados instantaneamente para o servidor do invasor. Depois de configurar um compartilhamento SMB remoto, poderíamos enviar aos usuários ou canais um link que redirecionaria todos os downloads para ele após clicarem no link".
O Slack possui mais de 10 milhões de usuários ativos e mais de 85 mil empresas usando sua versão paga. Por isso, é importante atualizar o aplicativo e garantir que ele esteja a última atualização instalada (v3.4.0), na qual o bug já foi corrigido.
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