A assembleia anual de acionistas da Amazon será realizada no dia 22 de maio. Entre os itens a serem votados está uma proposta que proíbe a venda da tecnologia de reconhecimento facial da empresa, chamada de Rekognition, para quaisquer órgãos ligados ao governo americano, a menos que o conselho avalie a negociação de forma independente e conclua que a Rekognition não seja utilizada para causar ou contribuir com violações reais ou potenciais de direitos civis e humanos.
Funcionários e alguns acionistas da Amazon, grupos de liberdade civis e membros do Congresso querem, em um âmbito geral, que a companhia não venda a Rekognition para agências governamentais.
Fonte: Smart Cities World
Em julho de 2018, a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês) constatou que a Rekognition identificou, erroneamente, 28 membros do Congresso como criminosos. O incidente gerou dúvidas quanto à eficiência da tecnologia e se ela está madura o suficiente para ser adotada em larga escala.
A China, país com o maior número de câmeras dotadas de reconhecimento fácil no mundo, é frequentemente criticada pelas possibilidades de abuso em relação à privacidade dos cidadãos.
Para piorar a situação, o governo Trump tem sido acusado de utilizar seus serviços secretos para monitorar minorias étnicas e turistas em território americano.
O conselho da Amazon defendeu a tecnologia e recomendou aos acionistas que votem contra a proposta. Segundo o conselho, a Amazon Web Services (AWS) nunca recebeu nenhuma reclamação proveniente de uma aplicação baseada na tecnologia Rekognition. Eles afirmaram que a tecnologia teve somente propósitos benéficos, incluindo a melhoria da segurança pública, e que ela não deve ser depreciada devido à uma possível má utilização, impedindo-a de ser comercializada para novos clientes.
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