Todo mundo sabe que as plataformas usam dados e arquivam conteúdo para customizar e agilizar a navegação — e que essas informações são usadas também para nos oferecer produtos, muitas vezes de um jeito, digamos, descontrolado. Eis que a ferramenta “Apagar histórico”, presente em várias redes e dispositivos e mais usada em navegadores, ajudam a preservar sua privacidade e também te livram do que não é mais necessário.
O recurso havia sido comentado na conferência para desenvolvedores F8 em maio do ano passado
Há tempos os usuários pedem por alguma funcionalidade como essa para o Facebook e no ano passado o CEO Mark Zuckerberg se viu obrigado a dar uma resposta a isso, anunciando um recurso simples, “capaz de limpar seu histórico de navegação”. Vale lembrar que, naquele momento, no início de maio de 2018, a declaração na conferência para desenvolvedores F8 servia para amenizar um pouco a explosão do caso Cambridge Analytica.
Na ocasião, Zuckerberg já havia adiantado um pouco como seria a novidade. “Assim que distribuirmos essa atualização, você poderá ver informações sobre os apps e sites os quais você interage e poderá limpar esses dados da sua conta. Você até mesmo poderá desligar a opção de armazenamento de informações no seu perfil.”
CFO do Facebook, David Wehner. Fonte: Harriet Taylor/CNBC
O CFO David Wehner, que esteve nesta semana na Media & Telecom Conference 2018, em São Francisco, confirmou à CNBC que o “Apagar histórico” do Facebook está a caminho e deve estrear ainda este ano, sem estimar uma data específica.
A contrapartida
Embora a ferramenta seja uma boa novidade para a plataforma, especialmente quando falamos de privacidade, ela terá implicações em como os anúncios serão exibidos. Sem a coleta de dados por terceiros, fica mais difícil segmentar publicidade relevante — um pequeno preço que muita gente estaria disposta a pagar, especialmente por conta dos vários vazamentos do ano passado.
O Facebook obviamente tem outras maneiras de obter suas informações, contudo, ainda não se sabe exatamente qual será o impacto desse recurso após o seu lançamento. “Ele nos dará algumas contrapartidas em termos de sermos capazes de segmentar (anúncios) de uma maneira tão eficaz como antes”, adiantou Wehner.
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