O relato de um funcionário da Cognizant que trabalhava como moderador de rede social no Facebook chega a ser assustador. Como foi publicado no The Verge, o salário baixo aliado aos vídeos incessantes de mortes, discurso de ódio e pornografia, leva aos empregados que lidam diariamente com este conteúdo para uma vida de sexo e drogas dentro do ambiente de trabalho e um estado mental “não muito bom”.
Alguns desses funcionários, que ganham cerca de US$ 2,4 mil por mês, supostamente sofrem até de sintomas de transtorno de estresse pós-traumático.
Para ter um alívio nas imagens de assassinatos, suicídios e pornografia, moderadores de conteúdo acabam sendo autodestrutivos no ambiente de trabalho
O Facebook se posicionou sobre o caso após os relatos: “Muitas das perguntas recentes estão focadas em garantir que as pessoas que trabalham nessas funções sejam tratadas de forma justa e respeitosa. Queremos continuar a ouvir nossos revisores de conteúdo, nossos parceiros e até mesmo a mídia — que nos responsabilizam e nos dão a oportunidade de melhorar”, disse Justin Osofsky, vice-presidente de operações globais do Facebook.
Terceirizada pelo Facebook, a Cognizant também comentou o caso: “Investigamos as questões específicas relacionadas ao local de trabalho levantadas em um relatório recente, tomamos as medidas anteriormente necessárias sempre que necessário e adotamos medidas para continuar abordando essas preocupações e quaisquer outras levantadas por nossos funcionários”.
São cerca de 15 mil revisores de conteúdo que trabalham para o Facebook. Agora, a companhia adicionou que vai conduzir auditorias nas empresas terceirizadas, além de padronizar contratos, deixar o RH mais próximo (pronto para ações rápidas entre os revisores) e realizar eventos para aproximar parceiros.
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