O primeiro mês de 2019 nem acabou e o Facebook já foi alvo de um novo escândalo de privacidade: a rede social pagava jovens para usarem o app Facebook Research, baseado em VPN, que foi acusado de espionar dados privados dos usuários. A rede social informa que o app já foi encerrado — entenda o caso clicando aqui.
Uma das primeiras reações à notícia veio da Apple, que removeu alguns privilégios de programador do Facebook e, com isso, impediu a rede social de rodar apps internos ou não lançados ao público amplo em dispositivos com iOS.
Com isso, serviços que eram limitados a funcionários do Facebook, como um app dedicado ao transporte usado por seus funcionários, também. Segundo o The Verge, fontes internas da rede social garantem que versões de desenvolvedor de apps como Facebook, Instagram e Messenger também não estão mais funcionando — quando esse tipo de privilégio é revogado, apps não apenas saem da App Store, mas deixam de funcionar no iOS.
Versão para desenvolvedores de apps como Facebook e Messenger também teriam deixado de funcionar no iOS
Ao site Recode, a Apple comentou que o Facebook realizou “uma clara violação de seu acordo com a Apple”. Segundo a empresa, a revogação desses privilégios concedidos a alguns desenvolvedores acontece sempre que algum deles viola as diretrizes da companhia, como aconteceu no caso do Facebook Research.
O Facebook ainda não comentou publicamente a revogação por parte da Apple, mas é certo que a situação gerará alguns transtornos para a empresa. No mínimo, ela teria que encontrar alternativas menos práticas para distribuir apps e serviços internamente a seus funcionários que utilizam iOS.